16 janeiro 2006

Máquina Zero

Não ainda não me passei e resolvi rapar o cabelo. Por enquanto pelo menos.

Hoje vou armar-me em critico de cinema e criticar o novo "Máquina Zero" (Jarhead).

Quem vê a promoção deste filme percebe que é um filme de guerra mas ao mesmo tempo fica sem perceber que espécie de filme é. Porquê? Falta o essencial dos filmes de guerra. Batalhas épicas e muito sangue.

Foi talvez por isso que aceitei o convite de um amigo para ir ver o dito filme.

Agora depois de ter visto apercebo-me que talvez não seja um filme de guerra. Ou pelo menos não é só isso.
É um filme sobre soldados. Sobre um soldado em particular: Anthony Swofford. Nunca ouviram falar nele? Pois é mas existiu mesmo. Foi mais um entre os soldados que estiveram na guerra do golfo (a original).

Interpretação: Jake Gyllenhaal que interpretou entre outros "O dia depois de amanhã" (The day after tomorrow) e o fabuloso "Donnie Darko" é quem da a vida ao Marine Swofford. Este novo menino bonito de hollywood tem dado nas vistas nos últimos tempos e está a passar um dos momentos altos da sua carreira. Um outro fime protagonizado por ele "Brokeback Mountain" é hoje o mais nomeado para os globos de ouro. Jake que vai evitando a maioria dos grandes blokbusters para mostrar o seu enorme talento em projectos mais arrojados é o maior trunfo deste filme. A personagem principal é por ele brilhantemente interpretada.

Realização: Sam Mendes mostra o seu talento. Talvez o filme tenha uma história (é baseado numa autobiografia) demasiado básica nos sentimentos. Os soldados estão reduzidos a peças de xadrês num tabuleiro que não compreendem completamente. Ainda assim a visão dada da guerra do golfo é muito boa. Na primeira grande guerra feita à distancia com ataques na sua maioria aéreos os soldados ficam abandonados e a sua função torna-se irrelevante. Resumindo a fotografia é muito boa, o drama das personagens podia ser mais profundo.

Banda Sonora: Thomas Newman, que já fez canções como o tema de "Sete palmos de terra" (Six Feet Under) e bandas sonoras como "À procura de Nemo", "Cinderella Man" e "Beleza Americana", assina uma banda sonora fabulosa que assenta neste filme como uma luva.

Resumindo: Um filme irónico e muito critico para com os soldados e o exercito americano que poderia ter maior densidade das personagens. A fotografia, o interpretação do protagonista e a banda sonora formam um conjunto coeso. Vale a pena ver.

1 comentário:

/me disse...

Já estava na minha lista de filmes a ver! Agora ainda mais...